Futuro dos Games de Tiro Está na Socialização, Diz Produtor

“Dragon Ball Fighter Z” é um dos grandes sucessos da Brasil Game Show, que acaba neste domingo (15) em SP




SÃO PAULO. Para Mike Mejia, produtor sênior de “Call of Duty: WWII” – que será lançado no dia 3 de novembro -, games de tiro devem focar na socialização e na interação entre os jogadores. “Então sua experiência não é só com o game em si, mas com seus amigos e com pessoas que você nem conhece”, afirmou Mejia. “Imagine que você está numa sala (dentro de um jogo), quando um YouTuber passa por ali e você pode interagir com ele!”, sugere. Mike Mejia está em São Paulo para participar da Brasil Game Show (BGS), maior evento do setor no país, que acontece até este domingo (15).

Entre as novidades está uma focada nessa interação. “Headquarters” (quartel-general) será uma área para o usuário esperar o começo de uma nova partida enquanto socializa com até 48 jogadores. Neste espaço eles poderão conversar e testar armas, por exemplo.

O jogo da Activision vem para PC, PlayStation 4 e Xbox One. Este é o 15º da franquia iniciada em 2003 e, assim como o primeiro, será ambientado na Segunda Guerra Mundial. De acordo com levantamento da consultoria Nielsen, “Call of Duty: WWII” é o mais esperado entre os títulos que serão lançados no fim de 2017. Na sequência vêm “Assassins Creed: Origins” e “Star Wars: Battlefront II”.

Goku de volta. Algumas das maiores filas na GBS são para testar “Dragon Ball Fighter Z”. Com previsão de lançamento em fevereiro de 2018 para PlayStation 4, Xbox One e PC, o novo game da Bandai Namco promete jogabilidade, beleza gráfica e abrangência de personagens. Quem jogou na feira conta que ele entrega o que se espera.

Surpresa. Hideo Kojima é o criador de “Metal Gear”, uma das franquias mais populares dos games. Mas seu jogo favorito não envolve furtividade nem atores famosos. Durante um painel na BGS, em que Kojima recebeu prêmio por sua obra, o diretor revelou qual o seu jogo favorito. “Essa pergunta é muito difícil. Mas é “Super Mario Bros”. Sem esse jogo, eu com certeza não estaria aqui”, contou.



MINIENTREVISTA


Ed Boon
Cocriador da franquia “Mortal Kombat”
Diretor da NetherRealm Studios, empresa que pertence à Warner
São 25 anos de “Mortal Kombat”! O que mudou?

Tudo. O processo de fazer jogos está completamente diferente. O primeiro jogo que fizemos envolveu quatro pessoas, por oito meses. E agora são 200 pessoas em dois anos. Parece mais com a produção de um grande filme.

É mais difícil produzir jogos hoje? Por quê?

É infinitamente mais difícil. O patamar está mais elevado. Nosso primeiro jogo tinha sete personagens lutando um contra um. E praticamente só isso. Hoje são mais de 30 personagens, gráficos mais sofisticados, 3D. É um processo muito mais elaborado e precisa de mais pessoas de especialidades diferentes.

O senhor acha que a mudança foi tão grande quanto em outros gêneros, como esporte, que se transformaram muito com o passar do tempo? 

Se você pensar na ideia básica de colocar um personagem contra outro personagem, a mudança é menor. Mas a apresentação ficou muito mais sofisticada. E hoje temos muito mais do que só a luta. Temos modos de história, como um filme, e isso foi uma das grandes coisas que diferenciaram nossos jogos, “Mortal Kombat” e “Injustice”, da concorrência.

O que esperar para o futuro? 

Temos muitas tecnologias despontando, realidade virtual. As mudanças abrem oportunidades. A realidade virtual tem um potencial gigante para novas experiências. No geral, as tecnologias abrem novas portas. Por exemplo, não poderíamos ter feito nosso modo de história em 1992.

Quão difícil é fazer algo novo toda vez? 

É um desafio constante. Todo mundo faz jogos. Não só nós, mas também outros estúdios estão sempre tentando melhorar. Temos que responder à pergunta na cabeça do jogador: Por que eu deveria me importar com o seu jogo, com tantas opções? Então é uma constante luta para progredir.

Podemos esperar um novo jogo em breve? 

Geralmente lançamos algo novo a cada dois anos. Lançamos o “Injustice 2” em maio (deste ano). Provavelmente não terá nada no próximo ano. Agora a prioridade é suporte ao “Injustice”.

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Fonte: http://www.otempo.com.br/